terça-feira
Poética - Análise de Poema
Curso: Licenciatura em Letras –
Português/Inglês
Disciplina: Poética – Literatura Brasileira
Análise de Poema – Cláudio Manoel da Costa
Poemas Escolhidos - Soneto I
– “Para cantar de amor tenros cuidados,
Tomo entre vós, ó montes, o instrumento;
Ouvi pois o meu fúnebre lamento;
Se é, que de compaixão sois animados”
...
Este poema faz parte das Obras
Poéticas de Glauceste Satúrnio, foi publicado em Coimbra, onde o poeta estudou,
em 1768 e republicado em 1903.
O eu-lírico aparece na forma de
figuras mitológicas, “Orfeu, Anfião, Gênios, Apolo”. Ele pede
compaixão à natureza, há uma interação, contexto bucólico, faz dos “montes” um
instrumento para cantar o amor.
Cláudio Manoel da Costa entendia que o Arcadismo
representava uma forte mudança de pensamento e estética, seus poemas tinham um
toque renascentista e barroco. Ele segue o fluxo das mudanças da época e
apresenta em seus poemas linguagem clara, sem os excessos
de metáforas, antíteses, linguagem rebuscada e paradoxos do estilo barroco, seguindo o fluxo da transição do mesmo para o
Arcadismo.
Embora
os poetas de sua época abolissem as rimas, ele resolveu mantê-las. Ressalta as
penhas, grutas e rochedos que se referem à paisagem nativa de Mariana-MG, onde nasceu, sendo um
poeta telúrico.
Ele se inspira no encontro do homem com a natureza,
a fuga da cidade para o campo, buscando o equilíbrio. Através de poesias
líricas, fala de seus sentimentos, e do desejo de se afastar da vida urbana e
suas futilidades.
Referências
Bibliográficas:
Material didático –
Literatura Brasileira: Poética – Unidade II. Disponível em: < https://bb.cruzeirodosulvirtual.com.br/bbcswebdav/courses/982_12_60_BACKUP/backup_lit_bra_poe_grad_content/un_II/teorico.pdf>. Acesso em:
17/05/2016.
Educação x Pobreza - Filosofia nas Escolas = Degradação Social
A consequência da pobreza no Brasil, é
decorrente
de uma educação pobre: em todos os
níveis.1
A pobreza
precisa ser erradicada sim, óbvio, mas o analfabetismo também é "inerradicável",
por que é do interesse das minorias monopolizadoras dominantes. Se tivéssemos
educação de qualidade a pobreza poderia ser efetivamente erradicada. Se
houvesse "vontade política", as escolas e professores chegariam até
os confins de qualquer parte do país, levando merenda, ou o que fosse preciso
para uma educação decente.
Ainda assim, ensinar a escrever o
nome e um bilhete, não é alfabetizar. Vá a um ponto de ônibus e pergunte para qualquer
pessoa: “Você terminou os estudos?” 90% delas responderá: “Sim, já acabei o
terceiro”. Ora! Desde quando terminar o segundo grau é "terminar os
estudos", como corre "a boca pequena"?!? Que tipo de entendimento do que é "se formar", é este gente? De onde veio? #indignada
O segundo grau não dá profissão nenhuma. Temos uma população que, ao
final do segundo grau escreve "menas", "ci centindo",
"excessão"! São os chamados "analfabetos funcionais", ainda
pior são os universitários cometendo erros infantis em resenhas e outros
trabalhos. #javimuito
O Brasil não soube implantar a progressão continuada do prof. Paulo
Freire (ou não era conveniente?), seria preciso antes desconstruir a cultura do
paternalismo exacerbado pela ditadura. O paternalismo é arrogante porque
considera as pessoas incapazes, ninguém é burro não, esta atitude torna a
população uns "mimadinhos", sem vontade, preguiçosos, querem tudo
fácil, e pior: cansei de ouvir pessoas trocando a palavra roubar por “pegar”. Oi!? Consciência, por onde andas?!
Gente mimada não evolui, não toma conta da própria vida, só sabe
criticar os outros, invejar aqueles que vão em frente, não sabe, não quer,
assumir a responsabilidade pela própria educação, como a progressão continuada
exige, desconhece o significado de meritocracia.
Embora o ensino tecnicista tenha seu grau de importância para um país,
da maneira como é coordenado hoje, não forma um cidadão, não adianta termos
"especialistas de cabeça vazia". Há que se ensinar a pensar,
coerentemente, criticamente. A Filosofia faz isso, não pode ser retirada das escolas, ou ser "matéria opcional.
Nossos adolescentes ainda não podem simplesmente abrir as suas asas e jogar-se no vácuo das escolhas sensatas! Por que eles não têm asas! Motivo? Simples: são
filhos do paternalismo. A filosofia é matéria fundamental do pensamento. Estão
cometendo o mesmo "erro" de implantação da progressão continuada, na intenção de tornar
os brasileiros menos "pensantes", isso é absurdamente claro!
Me admira a nossa mídia, formadora de opiniões...Só pode ser muito manipulada,
caso contrário estariam colocando a “boca no trombone” contra esta insensatez,
contra este descaso com a geração vindoura, estão criando mais "vaquinhas
de presépio", como se já não as tivéssemos abundantemente por aqui.
Tudo isso no século XXI. A Inteligência Artificial batendo às nossas
portas. Bem me lembro, no século passado, há 37 anos um comentário: “no século
vindouro o mundo será dividido apenas em 2: os ricos, cada vez mais ricos e os
pobres, cada vez mais pobres". #constatando
Sem falar dos professores: cursaram filosofia para quê? Triste... :( o
Brasil está regredindo na educação. #nãosouprofessoradefilosofia
Este texto é resultado de um comentário no post de uma querida amiga que é psicóloga, a Patrícia Cazeiro. Quando, raramente, entro no facebook, dou uma olhada nos murais das pessoas que respeito e a Paty é uma delas, inspiradora! Gratidão Paty, este post dedico a você.
1.me
1.me
Edna Molina
Novembro/2016
Glossário:
O que é "ensino":
substantivo masculino - 1. transferência de conhecimento, de informação, esp.
de caráter geral; instrução."e. superior" - 2. p.met. o sistema (e os
métodos) adequado a essa transferência.
O que é
"educação": substantivo feminino - 1.ato ou processo de educar(-se).
- 2.aplicação dos métodos próprios para assegurar a formação e o
desenvolvimento físico, intelectual e moral de um ser humano; pedagogia,
didática, ensino.
sexta-feira
Romantismo em Portugal - Fase Ultrarromântica
Características do 2º período do Romantismo, em Portugal no
trecho final do livro Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco.
Em Amor
de Perdição observa-se o toque do drama, da tragédia e do sentimentalismo,
característicos da segunda fase do Romantismo, chamada “Ultrarromântica”.
No
começo é possível observar a abnegação e resignação
em Mariana: - “... sentada com o rosto sobre os joelhos, parecia sucumbir ao
quebranto das trabalhosas e aflitivas horas daquele dia...”, mas ela continuava
ali, velando por ele, entregue à paixão que lhe abrasa o coração!
Na
postura de Simão, humanização do vento:
“... atento a um assobio da ventania: devia de soar-lhe como um ai plangente
aquele silvo agudo...”, até o vento estava lamentoso! Ele, desolado, enredado
em sua incomensurável tristeza, acaba imputando ao vento seus sentimentos
sombrios...
Também
surge Atração pela morte e resignação
na carta de Teresa: "... É já o meu espírito que te fala Simão... A
hora que te escrevo, tu estás para entrar na nau dos degredados, e eu na
sepultura...”. Ela tinha tuberculose e consciente de que sua doença era
incurável, ela aceita a morte, quase agradecida, por que sua partida para o
além tiraria do seu peito a dor pungente pela ausência do seu amado.
Linguagem oral do diálogo: “... Quem te
diria que eu morri, se não fosse eu mesma, Simão...”? Ela pergunta, como se
Simão estivesse a ouvi-la e pudesse responder... talvez num sussurro dos
ventos...
O escapismo e a fantasia surgem aqui: “...
A vida era bela... Estou vendo a casinha que tu descrevias...cercada de
árvores, flores e aves...Estrelava-se o céu, e a Lua abrilhantava a água...”.
Camilo castelo Branco foi o principal autor romancista
de Portugal, teve uma vida sofrida e trágica o que é refletido em sua obra.
Edna Molina
Set/2016
Referências:
Apostila da Universidade Cruzeiro do Sul –
Unidade II – Literatura Portuguesa – Prosa
Acesso
em 14/09/2016
Texto base disponível em : http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00063a.pdf
domingo
Resumo Didática
Nas
definições sobre Didática, percebemos alguns termos como: educação, ensinar, aprendizagem, processo, prática pedagógica.
A Didática está ligada à Pedagogia, no que diz
respeito à procura de uma educação melhor e um processo ensino-aprendizagem
mais significativo tanto para professores quanto para alunos.
Sendo
a educação um processo que evolui numa construção constante ao longo da vida
das pessoas, a Didática deve preocupar-se com a maneira como esta construção
será desenvolvida, visando não só o conhecimento
e habilidades a serem adquiridas, mas também as relações humanas dentro de
um contexto sócio-histórico-cultural.
O trabalho didático realizado nas escolas
reflete uma evolução e construção que se baseiam num processo de análise, modificação e aprimoramento,
que chamamos de reflexão-ação-reflexão.
Sendo
a prática educativa um fenômeno social e universal, necessária à existência e
funcionamento de todas as sociedades, é preciso que as finalidades e meios da
realização do processo educacional, orientem-se a respeito do tipo de sociedade que se espera e do
homem que viverá nessa sociedade. Não há sociedade sem prática educativa, nem
prática educativa sem sociedade. Sobre o texto acima podemos perceber as
seguintes afirmativas:
- Os
propósitos e práticas educacionais estão ligados a práticas sociais.
- Para que o processo educativo aconteça, é
preciso uma orientação sobre as finalidades e os meios da sua realização.
A
Teoria das Inteligências Múltiplas,
que somam um total de 8 (oito), foi
proposta por Howard Gardner (1985) como uma alternativa para o conceito de
inteligência como uma capacidade inata,
geral e única, que permite aos indivíduos um desempenho, maior ou menor, em
qualquer área de atuação.
Mais
sobre Howard Gardner: neste artigo, (http://www.atecedeira.com.br/2016/08/howard-gardner.html)
fala-se em 9 (nove), inteligências.
A
Didática permite transformar o processo de
ensino em processo de aprendizagem,
favorecendo a participação e desenvolvimento do aluno.
A
aprendizagem envolve diferentes dimensões do ser humano:
- Ao propiciar o desenvolvimento de habilidades motoras, estamos
trabalhando com a aprendizagem motora ou motriz.
- A aprendizagem cognitiva, como o próprio nome nos
remete, refere-se à aquisição e assimilação de novas informações, conceitos ou
conhecimentos.
-
A Dimensão
Humana do processo de aprendizagem refere-se à criação de relações interpessoais entre alunos,
professores e direção, criando um clima afetivo importante e muitas vezes
responsável, tanto pelo sucesso quanto pelo fracasso da aprendizagem.
Texto: “A
notícia veio de supetão: iam meter-me na escola.
Já me haviam falado nisso, em horas de zanga, mas nunca me convencera que
realizassem a ameaça. A escola,
segundo informações dignas de crédito, era um lugar para onde se enviavam as
crianças rebeldes. Eu me comportava direito: encolhido e morno, deslizava como
sombra. [...] A escola era horrível
– e eu não podia negá-la, como negara o inferno. Considerei a resolução de meus
pais uma injustiça. [...] Lembrei-me do professor
público, austero e cabeludo, arrepiei-me calculando o rigor daqueles
braços. Não me defendi, não mostrei as razões que me fervilhavam na cabeça, a
mágoa que me inchava o coração. Inútil qualquer resistência. (RAMOS, Graciliano. Infância, Rio de
Janeiro: Record, 1995, p. 104.) Fonte: Inep/MEC- Enade/Pedagogia/2005.
O texto do escritor Graciliano Ramos traz
lembranças de sua entrada na escola, que expressam um momento da Educação
brasileira. Entretanto, o pensamento
pedagógico tem-se modificado ao longo do tempo, contrapondo-se ao modelo de
escola evidenciado no texto. Este contraponto é expresso por:
- Dimensão dialógica do
processo ensino/aprendizagem com ênfase nas relações igualitárias;
- Preocupação com a formação
humana relacionando as dimensões humana,
econômica, social, política e cultural.
Bons professores têm uma boa cultura acadêmica e transmitem com segurança e eloquência as informações em sala de aula; Bons professores também cumprem o conteúdo programático, mas seu objetivo fundamental é ensinar os alunos a serem pensadores e não repetidores de informações.
- A adoção de determinada abordagem
pelo professor não se dá de forma aleatória;
- As diferentes abordagens
de ensino estão cada qual ligada a conceitos e escolhas mais profundas;
- Se relacionam a
ideologias, visão de mundo e visão de educação, por exemplo.
Projeto
Político Pedagógico, é uma forma de
organização do trabalho pedagógico da escola que facilita a busca de melhoria
da qualidade do ensino.
Segundo
Vasconcelos (2002): Ao elaborar o Projeto Político Pedagógico, é preciso que se
considerem alguns pontos muito importantes:
- Marco referencial / diagnóstico /
programação.
Com
relação à participação docente no Projeto Político Pedagógico podemos afirmar
que:
- É partir da elaboração do PPP que
professores se envolvem na elaboração de outros tipos de planos ou
planejamentos.
Dentre
os princípios norteadores do Projeto
Político Pedagógico, como forma de organização do trabalho da escola, tem
grande relevância a gestão democrática.
- Buscar a gestão democrática inclui a amplamente
o envolvimento de todos os elementos
constituintes da comunidade escolar
em todas as decisões ou ações, sejam administrativas, financeiras ou
pedagógicas;
- A gestão democrática pressupõe a construção
do Projeto Político Pedagógico, com participação crítica e ampla, assegurando
assim a transparência das ações e
decisões da comunidade;
- A gestão democrática fortalece e legitima as pressões sofridas, garantindo o controle
sobre acordos estabelecidos e favorecendo a discussão sobre diferentes questões
que de outra forma poderiam nem ser cogitadas.
- A construção do Projeto Político-Pedagógico
passa pela autonomia da escola e
pela sua capacidade de delinear sua própria
identidade.
Com
relação aos objetivos de ensino
podemos afirmar que:
- O estabelecimento de objetivos serve de
orientação tanto para o professor quanto para os alunos, na medida em que a
aula deve ser preparada pelo professor, mas compartilhada pelos alunos em direção à aprendizagem.
Em
relação à avaliação é correto
afirmar:
- A forma como o professor concebe a avaliação
reflete sua postura filosófica em
face da educação.
- Ao avaliar o aproveitamento escolar do
aluno, o professor deve utilizar
técnicas diversas e instrumentos variados, pois, quanto maior for a
amostragem, mais perfeita será a avaliação.
Em
relação ao planejamento escolar é correto afirmar:
- É o planejamento global da escola,
envolvendo o processo de reflexão,
de decisões sobre a organização, o
funcionamento e a proposta pedagógica
da instituição.
O
Plano de Aula é um documento
importantíssimo na organização do ensino e aprendizagem. Dele depende muitas
vezes o sucesso do trabalho do professor e da participação e aprendizagem dos
alunos. Por este motivo ele deve ser elaborado de forma integral, com uma visão de conjunto, detalhando as atividades a serem realizadas e os objetivos gerais e específicos, que se
esperam alcançar.
- O plano de aula é um documento que orienta o
trabalho do professor.
- No plano de aula as atividades propostas
devem estar descritas de forma a atender os objetivos propostos.
Ser
professor significa desenvolver atividades pedagógicas e projetos
político-pedagógicos, questionar a
própria prática e refletir sobre o fazer profissional. Na proposta de
formação do professor-pesquisador entende-se que o docente deve:
- Organizar a sua ação a partir da articulação prática-teoria-prática.
O
objetivo de um plano de ensino é:
- O Plano de Ensino serve como ponto de
partida para o fazer pedagógico do professor. É nele que estão os objetivos da
disciplina bem como todo o conteúdo, de forma detalhada, que será abordado.
Com
relação aos procedimentos de ensino
(metodologias e estratégias), é
correto afirmar que:
- Ao selecionar os procedimentos de ensino, o
professor deve se preocupar com a adequação destes procedimentos às necessidades dos alunos, para que os
mesmos se sintam desafiados e
estimulados a aprender.
Ao
desenvolver seu trabalho baseado na visão dos quatro pilares do conhecimento, o professor:
- Planeja suas ações voltando-se para o
desenvolvimento dos alunos, mas também para seu próprio crescimento como profissional da educação.
Ao
analisarmos “Os quatro pilares da
educação”, sugeridos no relatório de Delors,
é correto afirmar que:
- Aprender a viver juntos pede o desenvolvimento da convivência,
do entendimento, aceitação e relacionamento no desenvolvimento de uma
cultura de paz, na realização de projetos ou tarefas em equipe.
- Aprender a fazer está ligado a competências e
habilidades a serem desenvolvidas, tanto para realizar tarefas materiais,
quanto para preparar o aluno no enfrentamento de soluções práticas para
situações do dia-a-dia.
- Aprender a conhecer mostra a necessidade de aprender a
aprender, desenvolvendo nos alunos a vontade da pesquisa e estudos
constantes, na busca pelo conhecimento e aprendizagem durante toda a vida.
- Aprender a ser pressupõe o desenvolvimento de pensamentos
próprios, de autonomia e responsabilidade pessoal, além do preparo para a
tomada de decisões e formação para a cidadania.
A
formação profissional do professor deve propiciar continuamente reflexões e
relações entre teoria e prática. A respeito desta afirmação Libâneo diz:
- “a
teoria vinculada aos problemas reais postos pela experiência prática e a ação prática orientada teoricamente”.
Segundo
os autores Carvalho&Perez, citadas no texto base desta unidade, podemos
afirmar como correto que:
- As concepções que guiarão este trabalho para
que seja realizado de forma eficiente, deverão ter início na formação inicial
do professor. É preciso que se considere uma base comum nacional para esta
formação, a qual se apoia em cinco eixos, a saber:
1.
Sólida formação teórica;
2.
A unidade teoria e prática, sendo que essa relação diz respeito ao como se dá a
produção de conhecimento na dinâmica curricular do curso;
3.
O compromisso social e a democratização da escola;
4.
O trabalho coletivo;
5.
A articulação entre a formação inicial e continuada.
O
principal recurso de ensino para o
aprendizado do aluno: O Professor.
Excertos da Apostila - A Didática e seu Objeto de Estudo
Para Castro (2001: p.15) “a primeira
peculiaridade do processo de ensinar, pois, seria sua intencionalidade, ou
seja, ajudar alguém a aprender”.
A escola deve, portanto, na figura do
professor, assegurar aos alunos um sólido domínio de conhecimentos e
habilidades, o desenvolvimento de suas capacidades intelectuais, de pensamento
independente, criativo e crítico, contribuindo para a formação de cidadãos
ativos, criativos e críticos, capazes de participar nas lutas pelas
transformações sociais.
A aprendizagem apresenta-se como um
processo complexo. Este processo não se refere somente à aquisição de conteúdos
ou informações necessárias durante o período escolar. É muito mais que isso.
É um processo de aquisição,
assimilação, aprimoramento e internalização, mais ou menos consciente, de novos
padrões e novas formas de perceber, de ser, pensar e agir.
Como processo, a aprendizagem envolve
dimensões do ser humano que são mais ou menos estimuladas, conforme o tipo de
aprendizagem que estiver sendo desenvolvido. Podemos citar os seguintes tipos
de aprendizagem:
Motora ou Motriz: é a aprendizagem que diz respeito ao desenvolvimento de habilidades
motoras, como por exemplo, andar de bicicleta, escrever, pular corda, desenhar,
etc.
Cognitiva:
Esta aprendizagem diz respeito à aquisição e assimilação de novas informações, conceitos
ou conhecimentos. Por exemplo: o alfabeto, a numeração, a estrutura da água, o planeta
solar, etc.
Afetiva ou emocional: Importantíssima na sala de aula refere-se aprender a sentimentos e
emoções.
Embora os exemplos acima, não há como
fragmentar em sala de aula, diferentes tipos de aprendizagem. Visto que o aluno
é um ser integral, constituído de diferentes dimensões: cognitiva, afetivo-emocional, atitudes e valores, competências e
habilidades; o processo de aprendizagem se desenvolve conforme as
necessidades e tendências destes alunos.
É preciso que o aluno esteja pronto para determinados
assuntos e desenvolva condições de aprendizagem. Trata-se da maturação, que consiste
em mudanças nas estruturas físicas e
mentais dos alunos, que influenciam o desenvolvimento fisiológico e anatômico do sistema nervoso. Isso determina se o aluno
está maduro para determinada tarefa, ou seja, se está apto a realizá-la. Só se
aprende quando se estiver maduro para esta aprendizagem.
Dimensão Humana: Por meio das relações interpessoais que ocorrem no processo de aprendizagem,
entre alunos, professores e direção, há a criação de um clima afetivo importante
e muitas vezes responsável tanto pelo sucesso quanto pelo fracasso da aprendizagem.
A falta de empatia entre os sujeitos do processo, assim como a forte identificação
entre eles, interessa muito à Didática, uma vez que influenciará diretamente em
seu objeto de estudo: o ensino e a aprendizagem.
Dimensão Político-Social: Vivemos em determinado tempo, com uma cultura e valores específicos
de nossa sociedade. Além disso, temos nossas opiniões e posições políticas e sociais
que transmitimos em nossos trabalhos e consequentemente nas relações com a
escola.
Assim também nossos alunos. Deste
modo, o processo ensino-aprendizagem ocorre dentro de
um contexto político-social que
influencia o trabalho realizado nas escolas.
Dimensão Técnica: O processo ensino-aprendizagem ocorre na escola e na aula. Ele é intencional
e deve ser orientado por objetivos que levem os alunos a aprender. Destaca-se então
a dimensão técnica, no desenvolvimento de objetivos, seleção de conteúdos,
técnicas e recursos de ensino, processos de avaliação, planejamentos, enfim
todo o respaldo técnico necessário para que a aprendizagem efetivamente ocorra,
constituindo-se no núcleo da dimensão técnica do processo de aprendizagem.
Compreender e aceitar a aprendizagem
como um processo, leva o professor a apontar diferenças fundamentais sobre sua
docência, entendendo a diferenciação existente entre o processo de ensino e
processo de aprendizagem. Ensino é
diferente de aprendizagem.
No processo de ensino as ações estão centradas na figura do professor. É o professor que transmite
informações, avalia, dá direções e estabelece critérios. O aluno figura como objeto
deste processo, recebendo, absorvendo e reproduzindo as informações fornecidas
pelo professor. Ele promove todas as ações para que o processo se complete e
cabe ao aluno receber, absorver (ou não) e reproduzir. A não reprodução
significaria que não houve aprendizagem.
No processo de aprendizagem o aluno torna-se sujeito do processo. Busca informações, tira dúvidas,
elabora textos, participa e questiona, sempre ao lado de um professor que agora
assume a postura de mediador, facilitador e incentivador da aprendizagem. No
processo de aprendizagem, o aluno é o sujeito do processo e o professor auxilia.
O sujeito é, na verdade, o aprendiz, que pode ser tanto o aluno quanto o
professor.
Bibliografia:
O filme:
“Nenhum a menos”, de Zhang Yimou , China, 1999.
http://brevidades-regma.blogspot.com/2011/01/resenha-nenhum-menos-uma-leitura-das.html
acesso em 20
de janeiro de 2012.
http://www.infoescola.com/cinema/nenhum-a-menos/
acesso em 20 de janeiro de 2012.
referências:
CASTRO,
Amélia Domingues. A Trajetória Histórica da Didática. Disponível em
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/amb_a.php?t=020.
Acesso em jan.2009
CASTRO,
Amélia Domingues; CARVALHO, Anna Maria Pessoa, orgs. Ensinar a Ensinar:
didática
para a escola fundamental e média. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.
HAIDT,
Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. 7.ed. São Paulo, Editora Ática.
2002. Série
Educação.
LIBÂNEO,
José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez,1993. Coleção magistério – 2º grau.
Série
formação do professor
MASETTO,
Marcos Tarciso. Didática a aula como centro. 4. ed. São Paulo:FTD,1997.
Verbete:
didática. Dicionário Priberam. Disponível em
<http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx>
Acesso em jan.2009
Verbete:
didática. Dicionário Michaellis. Disponível em
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues
portugues&palavra=didática
Acesso em Jan.2009
Apostila Unicid.
Edna Molina
Setembro/2016
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