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domingo

Resumo Didática

Nas definições sobre Didática, percebemos alguns termos como: educação, ensinar, aprendizagem, processo, prática pedagógica.

 A Didática está ligada à Pedagogia, no que diz respeito à procura de uma educação melhor e um processo ensino-aprendizagem mais significativo tanto para professores quanto para alunos.

Sendo a educação um processo que evolui numa construção constante ao longo da vida das pessoas, a Didática deve preocupar-se com a maneira como esta construção será desenvolvida, visando não só o conhecimento e habilidades a serem adquiridas, mas também as relações humanas dentro de um contexto sócio-histórico-cultural.

O trabalho didático realizado nas escolas reflete uma evolução e construção que se baseiam num processo de análise, modificação e aprimoramento, que chamamos de reflexão-ação-reflexão.

Sendo a prática educativa um fenômeno social e universal, necessária à existência e funcionamento de todas as sociedades, é preciso que as finalidades e meios da realização do processo educacional, orientem-se a respeito do tipo de sociedade que se espera e do homem que viverá nessa sociedade. Não há sociedade sem prática educativa, nem prática educativa sem sociedade. Sobre o texto acima podemos perceber as seguintes afirmativas:
 - Os propósitos e práticas educacionais estão ligados a práticas sociais.
 - Para que o processo educativo aconteça, é preciso uma orientação sobre as finalidades e os meios da sua realização.

A Teoria das Inteligências Múltiplas, que somam um total de 8 (oito), foi proposta por Howard Gardner (1985) como uma alternativa para o conceito de inteligência como uma capacidade inata, geral e única, que permite aos indivíduos um desempenho, maior ou menor, em qualquer área de atuação.

Mais sobre Howard Gardner: neste artigo, (http://www.atecedeira.com.br/2016/08/howard-gardner.html) fala-se em 9 (nove), inteligências.

A Didática permite transformar o processo de ensino em processo de aprendizagem, favorecendo a participação e desenvolvimento do aluno.

A aprendizagem envolve diferentes dimensões do ser humano:
 - Ao propiciar o desenvolvimento de habilidades motoras, estamos trabalhando com a aprendizagem motora ou motriz.
- A aprendizagem cognitiva, como o próprio nome nos remete, refere-se à aquisição e assimilação de novas informações, conceitos ou conhecimentos.
- A Dimensão Humana do processo de aprendizagem refere-se à criação de relações interpessoais entre alunos, professores e direção, criando um clima afetivo importante e muitas vezes responsável, tanto pelo sucesso quanto pelo fracasso da aprendizagem.
                       
Texto: “A notícia veio de supetão: iam meter-me na escola. Já me haviam falado nisso, em horas de zanga, mas nunca me convencera que realizassem a ameaça. A escola, segundo informações dignas de crédito, era um lugar para onde se enviavam as crianças rebeldes. Eu me comportava direito: encolhido e morno, deslizava como sombra. [...] A escola era horrível – e eu não podia negá-la, como negara o inferno. Considerei a resolução de meus pais uma injustiça. [...] Lembrei-me do professor público, austero e cabeludo, arrepiei-me calculando o rigor daqueles braços. Não me defendi, não mostrei as razões que me fervilhavam na cabeça, a mágoa que me inchava o coração. Inútil qualquer resistência. (RAMOS, Graciliano. Infância, Rio de Janeiro: Record, 1995, p. 104.) Fonte: Inep/MEC- Enade/Pedagogia/2005.

O texto do escritor Graciliano Ramos traz lembranças de sua entrada na escola, que expressam um momento da Educação brasileira. Entretanto, o pensamento pedagógico tem-se modificado ao longo do tempo, contrapondo-se ao modelo de escola evidenciado no texto. Este contraponto é expresso por:
- Valorização da criança, do afeto entre professor e aluno, das reflexões sobre as formas de ensino que considerem o saber das crianças;
- Dimensão dialógica do processo ensino/aprendizagem com ênfase nas relações igualitárias;
- Preocupação com a formação humana relacionando as dimensões humana, econômica, social, política e cultural.
                      
Bons professores têm uma boa cultura acadêmica e transmitem com segurança e eloquência as informações em sala de aula; Bons professores também cumprem o conteúdo programático, mas seu objetivo fundamental é ensinar os alunos a serem pensadores e não repetidores de informações.
- A adoção de determinada abordagem pelo professor não se dá de forma aleatória;
- As diferentes abordagens de ensino estão cada qual ligada a conceitos e escolhas mais profundas;
- Se relacionam a ideologias, visão de mundo e visão de educação, por exemplo.



Projeto Político Pedagógico, é uma forma de organização do trabalho pedagógico da escola que facilita a busca de melhoria da qualidade do ensino.

Segundo Vasconcelos (2002): Ao elaborar o Projeto Político Pedagógico, é preciso que se considerem alguns pontos muito importantes:
 - Marco referencial / diagnóstico / programação.
Com relação à participação docente no Projeto Político Pedagógico podemos afirmar que:
 - É partir da elaboração do PPP que professores se envolvem na elaboração de outros tipos de planos ou planejamentos.

Dentre os princípios norteadores do Projeto Político Pedagógico, como forma de organização do trabalho da escola, tem grande relevância a gestão democrática.
 - Buscar a gestão democrática inclui a amplamente o envolvimento de todos os elementos constituintes da comunidade escolar em todas as decisões ou ações, sejam administrativas, financeiras ou pedagógicas;
 - A gestão democrática pressupõe a construção do Projeto Político Pedagógico, com participação crítica e ampla, assegurando assim a transparência das ações e decisões da comunidade;
 - A gestão democrática fortalece e legitima as pressões sofridas, garantindo o controle sobre acordos estabelecidos e favorecendo a discussão sobre diferentes questões que de outra forma poderiam nem ser cogitadas.
 - A construção do Projeto Político-Pedagógico passa pela autonomia da escola e pela sua capacidade de delinear sua própria identidade.

Com relação aos objetivos de ensino podemos afirmar que:
 - O estabelecimento de objetivos serve de orientação tanto para o professor quanto para os alunos, na medida em que a aula deve ser preparada pelo professor, mas compartilhada pelos alunos em direção à aprendizagem.

Em relação à avaliação é correto afirmar:
 - A forma como o professor concebe a avaliação reflete sua postura filosófica em face da educação.
 - Ao avaliar o aproveitamento escolar do aluno, o professor deve utilizar técnicas diversas e instrumentos variados, pois, quanto maior for a amostragem, mais perfeita será a avaliação. 

Em relação ao planejamento escolar é correto afirmar:
 - É o planejamento global da escola, envolvendo o processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição.

O Plano de Aula é um documento importantíssimo na organização do ensino e aprendizagem. Dele depende muitas vezes o sucesso do trabalho do professor e da participação e aprendizagem dos alunos. Por este motivo ele deve ser elaborado de forma integral, com uma visão de conjunto, detalhando as atividades a serem realizadas e os objetivos gerais e específicos, que se esperam alcançar.
 - O plano de aula é um documento que orienta o trabalho do professor.
 - No plano de aula as atividades propostas devem estar descritas de forma a atender os objetivos propostos.

Ser professor significa desenvolver atividades pedagógicas e projetos político-pedagógicos, questionar a própria prática e refletir sobre o fazer profissional. Na proposta de formação do professor-pesquisador entende-se que o docente deve:
 - Organizar a sua ação a partir da articulação prática-teoria-prática.

O objetivo de um plano de ensino é:
 - O Plano de Ensino serve como ponto de partida para o fazer pedagógico do professor. É nele que estão os objetivos da disciplina bem como todo o conteúdo, de forma detalhada, que será abordado.

Com relação aos procedimentos de ensino (metodologias e estratégias), é correto afirmar que:
 - Ao selecionar os procedimentos de ensino, o professor deve se preocupar com a adequação destes procedimentos às necessidades dos alunos, para que os mesmos se sintam desafiados e estimulados a aprender.

Ao desenvolver seu trabalho baseado na visão dos quatro pilares do conhecimento, o professor:
 - Planeja suas ações voltando-se para o desenvolvimento dos alunos, mas também para seu próprio crescimento como profissional da educação.

Ao analisarmos “Os quatro pilares da educação”, sugeridos no relatório de Delors, é correto afirmar que:
 - Aprender a viver juntos pede o desenvolvimento da convivência, do entendimento, aceitação e relacionamento no desenvolvimento de uma cultura de paz, na realização de projetos ou tarefas em equipe.
 - Aprender a fazer está ligado a competências e habilidades a serem desenvolvidas, tanto para realizar tarefas materiais, quanto para preparar o aluno no enfrentamento de soluções práticas para situações do dia-a-dia.
 - Aprender a conhecer mostra a necessidade de aprender a aprender, desenvolvendo nos alunos a vontade da pesquisa e estudos constantes, na busca pelo conhecimento e aprendizagem durante toda a vida.
 - Aprender a ser pressupõe o desenvolvimento de pensamentos próprios, de autonomia e responsabilidade pessoal, além do preparo para a tomada de decisões e formação para a cidadania.

A formação profissional do professor deve propiciar continuamente reflexões e relações entre teoria e prática. A respeito desta afirmação Libâneo diz:
  - “a teoria vinculada aos problemas reais postos pela experiência prática e a ação prática orientada teoricamente”.

Segundo os autores Carvalho&Perez, citadas no texto base desta unidade, podemos afirmar como correto que:
 - As concepções que guiarão este trabalho para que seja realizado de forma eficiente, deverão ter início na formação inicial do professor. É preciso que se considere uma base comum nacional para esta formação, a qual se apoia em cinco eixos, a saber:
1. Sólida formação teórica;
2. A unidade teoria e prática, sendo que essa relação diz respeito ao como se dá a produção de conhecimento na dinâmica curricular do curso;
3. O compromisso social e a democratização da escola;
4. O trabalho coletivo;
5. A articulação entre a formação inicial e continuada.

O principal recurso de ensino para o aprendizado do aluno: O Professor.


Excertos da Apostila - A Didática e seu Objeto de Estudo

Para Castro (2001: p.15) “a primeira peculiaridade do processo de ensinar, pois, seria sua intencionalidade, ou seja, ajudar alguém a aprender”.

A escola deve, portanto, na figura do professor, assegurar aos alunos um sólido domínio de conhecimentos e habilidades, o desenvolvimento de suas capacidades intelectuais, de pensamento independente, criativo e crítico, contribuindo para a formação de cidadãos ativos, criativos e críticos, capazes de participar nas lutas pelas transformações sociais.

A aprendizagem apresenta-se como um processo complexo. Este processo não se refere somente à aquisição de conteúdos ou informações necessárias durante o período escolar. É muito mais que isso.

É um processo de aquisição, assimilação, aprimoramento e internalização, mais ou menos consciente, de novos padrões e novas formas de perceber, de ser, pensar e agir.

Como processo, a aprendizagem envolve dimensões do ser humano que são mais ou menos estimuladas, conforme o tipo de aprendizagem que estiver sendo desenvolvido. Podemos citar os seguintes tipos de aprendizagem:

Motora ou Motriz: é a aprendizagem que diz respeito ao desenvolvimento de habilidades motoras, como por exemplo, andar de bicicleta, escrever, pular corda, desenhar, etc.

Cognitiva: Esta aprendizagem diz respeito à aquisição e assimilação de novas informações, conceitos ou conhecimentos. Por exemplo: o alfabeto, a numeração, a estrutura da água, o planeta solar, etc.

Afetiva ou emocional: Importantíssima na sala de aula refere-se aprender a sentimentos e emoções.

Embora os exemplos acima, não há como fragmentar em sala de aula, diferentes tipos de aprendizagem. Visto que o aluno é um ser integral, constituído de diferentes dimensões: cognitiva, afetivo-emocional, atitudes e valores, competências e habilidades; o processo de aprendizagem se desenvolve conforme as necessidades e tendências destes alunos.

 É preciso que o aluno esteja pronto para determinados assuntos e desenvolva condições de aprendizagem. Trata-se da maturação, que consiste em mudanças nas estruturas físicas e mentais dos alunos, que influenciam o desenvolvimento fisiológico e anatômico do sistema nervoso. Isso determina se o aluno está maduro para determinada tarefa, ou seja, se está apto a realizá-la. Só se aprende quando se estiver maduro para esta aprendizagem.

Dimensão Humana: Por meio das relações interpessoais que ocorrem no processo de aprendizagem, entre alunos, professores e direção, há a criação de um clima afetivo importante e muitas vezes responsável tanto pelo sucesso quanto pelo fracasso da aprendizagem. A falta de empatia entre os sujeitos do processo, assim como a forte identificação entre eles, interessa muito à Didática, uma vez que influenciará diretamente em seu objeto de estudo: o ensino e a aprendizagem.

Dimensão Político-Social: Vivemos em determinado tempo, com uma cultura e valores específicos de nossa sociedade. Além disso, temos nossas opiniões e posições políticas e sociais que transmitimos em nossos trabalhos e consequentemente nas relações com a escola.
Assim também nossos alunos. Deste modo, o processo ensino-aprendizagem ocorre dentro de
um contexto político-social que influencia o trabalho realizado nas escolas.

Dimensão Técnica: O processo ensino-aprendizagem ocorre na escola e na aula. Ele é intencional e deve ser orientado por objetivos que levem os alunos a aprender. Destaca-se então a dimensão técnica, no desenvolvimento de objetivos, seleção de conteúdos, técnicas e recursos de ensino, processos de avaliação, planejamentos, enfim todo o respaldo técnico necessário para que a aprendizagem efetivamente ocorra, constituindo-se no núcleo da dimensão técnica do processo de aprendizagem.

Compreender e aceitar a aprendizagem como um processo, leva o professor a apontar diferenças fundamentais sobre sua docência, entendendo a diferenciação existente entre o processo de ensino e processo de aprendizagem. Ensino é diferente de aprendizagem.

No processo de ensino as ações estão centradas na figura do professor. É o professor que transmite informações, avalia, dá direções e estabelece critérios. O aluno figura como objeto deste processo, recebendo, absorvendo e reproduzindo as informações fornecidas pelo professor. Ele promove todas as ações para que o processo se complete e cabe ao aluno receber, absorver (ou não) e reproduzir. A não reprodução significaria que não houve aprendizagem.

No processo de aprendizagem o aluno torna-se sujeito do processo. Busca informações, tira dúvidas, elabora textos, participa e questiona, sempre ao lado de um professor que agora assume a postura de mediador, facilitador e incentivador da aprendizagem. No processo de aprendizagem, o aluno é o sujeito do processo e o professor auxilia. O sujeito é, na verdade, o aprendiz, que pode ser tanto o aluno quanto o professor.

Bibliografia:
O filme: “Nenhum a menos”, de Zhang Yimou , China, 1999.
http://brevidades-regma.blogspot.com/2011/01/resenha-nenhum-menos-uma-leitura-das.html
acesso em 20 de janeiro de 2012.
http://www.infoescola.com/cinema/nenhum-a-menos/ acesso em 20 de janeiro de 2012.
referências:
CASTRO, Amélia Domingues. A Trajetória Histórica da Didática. Disponível em
http://www.crmariocovas.sp.gov.br/amb_a.php?t=020. Acesso em jan.2009
CASTRO, Amélia Domingues; CARVALHO, Anna Maria Pessoa, orgs. Ensinar a Ensinar:
didática para a escola fundamental e média. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2001.
HAIDT, Regina Célia Cazaux. Curso de Didática Geral. 7.ed. São Paulo, Editora Ática.
2002. Série Educação.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez,1993. Coleção magistério – 2º grau.
Série formação do professor
MASETTO, Marcos Tarciso. Didática a aula como centro. 4. ed. São Paulo:FTD,1997.
Verbete: didática. Dicionário Priberam. Disponível em
<http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resultados.aspx> Acesso em jan.2009
Verbete: didática. Dicionário Michaellis. Disponível em
http://michaelis.uol.com.br/moderno/portugues/index.php?lingua=portugues
portugues&palavra=didática Acesso em Jan.2009
Apostila Unicid.

Edna Molina
Setembro/2016



quinta-feira

Resumo de Morfologia


ESTRUTURA DAS PALAVRAS

Morfologia - morfo + logia – “estudo da forma” - é o estudo dos elementos que formam as palavras e dos processos por meio dos quais eles se combinam.
Semântica: é um ramo da linguística que estuda o significado das palavras, frases e textos de uma língua.
Cognatas: são palavras com mesmo radical, e mesma família. São palavras que têm ligação semântica. (ex; sábado e sabão, não são palavras cognatas).

ANÁLISE LINGUÍSTICA: Sincronia e Diacronia
A sincronia refere-se ao estudo que tem por base um determinado estado da língua, não importando o que ocorreu anteriormente a ela. Por exemplo, se fizermos uma descrição dos tempos e modos dos verbos no português atual, estaremos fazendo um estudo sincrônico. Um estudo sincrônico, no entanto, não deve necessariamente abordar a língua atual. Assim sendo, se fizermos o mesmo estudo com base nos verbos do português do século XIV, por exemplo, esse também será um estudo sincrônico, porque estamos abordando apenas uma fase da língua.
A diacronia consiste em uma abordagem da língua ao longo do tempo, ou seja, considerando as mudanças pelas quais essa língua passou. Vamos a um exemplo: vamos tratar das mudanças por que passou o pronome “você”. No português arcaico – uma variante do português falada na Idade Média –, havia a forma de tratamento “vossa mercê”. Essa forma foi progressivamente contraindo-se até a forma “você”.

ELEMENTOS MÓRFICOS OU MORFEMAS
O elemento mínimo portador de significado na estrutura de uma língua. Formativo: nome genérico para qualquer elemento mínimo constituinte da palavra. Os elementos mórficos dividem-se em formas livres e formas presas:
Forma livre: forma que pode, por si só, constituir um enunciado. Açúcar: palavra sozinha é suficiente para que o enunciado tenha sentido de modo que os interlocutores se entendam.
Forma presa: Uma forma presa, ao contrário, nunca forma um enunciado sozinha. O artigo “O” na frase “O açúcar” é uma forma dependente. Ou como o –s do plural.
Forma dependente: forma que, não sendo presa, se combina a outra em um enunciado, como o artigo em “a batata”.

RADICAL
Radical: elemento básico, que dá origem a várias palavras de uma mesma família, dá-se o nome de radical. Podemos ter radicais primários e radicais secundários.
Raiz: núcleo mínimo de um radical ou base.
Base: elemento que constitui o núcleo de uma construção morfológica; forma sobre a qual um processo atua para a formação de uma palavra.
Obs.: Se uma palavra está ligada a mesma idéia, ela só pode ter um radical – Portanto: Alomorfe: Radical + = Med onho Medonho / Medr (Alomorfe) oso Medroso.

AFIXOS
Afixo: forma presa que se liga à base ou radical na formação de uma palavra.
Os afixos são elementos mórficos que se acrescentam ao radical. São, portanto, formas presas. Enquanto os radicais pertencem a um inventário aberto (que pode expandir-se), os afixos são constituídos por um inventário fechado, ou seja, não surgem novos afixos.
Em português, há dois tipos de afixos: os prefixos e os sufixos.
Prefixo: Chama-se prefixo o morfema que se acrescenta antes do radical. Os prefixos, em geral, não alteram a classe gramatical de uma palavra.
Sufixo: Chama-se sufixo o morfema que se acrescenta depois do radical. Os sufixos têm uma dupla função: o acréscimo semântico (significado) e a mudança de classe gramatical. Os sufixos fazem também o aumentativo e o diminutivo. GRAU.
Sufixo: morfema que se pospõe ao radical, como -eza em “clareza”.
Sufixo adverbial: que forma advérbios. É o sufixo -mente em português: “felizmente”.
Sufixo nominal: que forma substantivos ou adjetivos, como -eza e -oso (a).
Sufixo verbal: que forma verbos, como -izar.

PALAVRAS VARIÁVEIS E INVARIÁVEIS
As palavras invariáveis não mudam de forma (ex: cedo), já as variáveis mudam por meio da flexão nominal e flexão verbal. (ex: aluno, aluna, chegou, chegaram).

DESINÊNCIAS
Chamam-se Desinências elementos responsáveis pela flexão das palavras variáveis. Elas servem para estabelecer diferenças gramaticais entre as palavras, como gênero, número, tempo etc. As desinências que servem à flexão nominal são as desinências nominais, e as que servem à flexão verbal são as desinências verbais. A parte da Morfologia que se dedica à flexão das palavras chama-se Morfologia flexional.
Desinências Nominais: dividem-se em desinências de gênero e de número.
As Desinências de Gênero diferenciam masculinos e femininos:- aluno e aluna. As Desinências de Número, singular e plural: - café, cafés.
Em Morfologia, a ordem dos elementos é muito rígida. Observe que a desinência de gênero vem sempre ANTES da de número. (Ex.: alun – o – s)
Alomorfes: as formas variantes são chamadas de alomorfes. Isso significa que a desinência -o possui um alomorfe zero. Como Ø tem um significado gramatical (indica gênero masculino), ele é um morfema, chamado de morfema zero. – No caso de número temos alomorfes, ou morfema Ø, nos vocábulos lápis, Xerox.
Desinências Verbais: dividem-se em desinências modo-temporais, que indicam o modo e o tempo verbal (Ex.: chega – chegava) e,
Desinências número-pessoais que indicam a pessoa e o número. ,(Ex.: chega – chega-mos). Elas são morfemas cumulativos, ou seja, cada uma indica dois fatos gramaticais.
A ordem é muito importante para a Morfologia. No caso dos verbos, as desinências modo-temporais sempre vem ANTES das número-pessoais
A ordem em MORFOLOGIA: RADICAL – VT – DMT – DNP
RADICAL – A BASE
VT – VOGAL TEMÁTICA
DMT – DESINÊNCIA MODO TEMPORAL
DNP – DESINÊNCIA NUMERO PESSOAL
Quando a palavra possui um sufixo, as desinências vêm depois dele, como em “caseiros”: cas- (radical) + -eir- (sufixo) + -o (desinência de gênero) + -s (desinência de número).

VOGAL TEMÁTICA
Vogal Temática é a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desinências. Elas podem ser NOMINAIS (substantivos) e VERBAIS (verbos).
As Vogais Temáticas Nominais são: A, E, e O – (pedr-a / dent-e / livr-o).
As Vogais Temáticas Verbais são: A, E e I(Cheg-ar / Corr-er / Ouv –ir)
A – Desinência de gênero – mas aparece em palavras masculinas: o planeta
E – o chefe/a chefe.
Vogal Tônica – diferente – de Vogal Temática!! (Ex.; Café – cipó).
Os nomes terminados pela vogal temática -e podem ser masculinos, como “dente” e “pote” ou femininos, como “estante” e “grafite” (sim, “a grafite”)

ELEMENTOS DE LIGAÇÃO
Os elementos de ligação dividem-se em consoantes de ligação e vogais de ligação.
CONSOANTES DE LIGAÇÃO: Em português, as consoantes de ligação são: -r- -l-, -z- e -t-, que ocorrem, por exemplo em: “língua-r-udo” “pau-l-ada”, “bambu-z-al” e “café-t-eira”.
VOGAIS DE LIGAÇÃO: Outros elementos que servem para ligar dois morfemas são as vogais de ligação. Em português, são as vogais -i-, -o-, presentes, por exemplo, nas palavras “pern-i-longo” e “gas-ô-metro”.


FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
O LÉXICO PORTUGUÊS
O léxico é o conjunto das palavras existentes em uma língua. Essas palavras podem ter origem na própria língua ou em outras.
O léxico (vocabulário) da língua portuguesa tem origem principalmente no latim vulgar, tanto pelo uso diário dos falantes, quanto pelo esforço intelectual dos escritores e estudiosos. Latim era a língua falada em Roma, que chegou a ocupar praticamente toda a Europa, norte da África e parte da Ásia. No século II a. C, o Império Romano anexou o território da Lusitânia como província romana. Desta forma o Latim chegou à região, que se localiza na Península Ibérica, que atualmente é ocupada por Portugal e Espanha.
A história começa a mudar no ano de 476 d. C., quando ocorreu a queda do Império Romano do Ocidente. O latim, porém, não desapareceu. Ele tornou-se língua científica até o século XIX e, ainda hoje, é a língua oficial do estado do Vaticano e da Igreja Católica. Com o final do império, o latim vulgar começou a modificar-se gradualmente, gerando as chamadas línguas românicas, entre as quais, a língua portuguesa.
Os primeiros documentos escritos em português (escritos em uma variante conhecida como galego-português) de que se tem conhecimento vão surgir só no século XII. Neles, o vocabulário era limitado, com palavras herdadas do latim vulgar por via popular, ao qual se adicionaram outras de línguas de povos vizinhos, como o provençal, o castelhano e o árabe. Por que o árabe? É que os árabes dominaram a Península Ibérica por muitos anos. Eles ficaram lá entre 711 e 1492, quando foram expulsos na chamada Reconquista.
À medida que a sociedade se torna mais complexa, a língua a acompanha. Muitas palavras são incorporadas a partir do latim clássico por escritores como Camões. A partir dessa fase (século XVI), passa-se a designar o idioma como português moderno.
O Léxico português provém de três fontes: O Latim, os empréstimos estrangeiros e a formação de palavras.
  
Basílio (1987), ao tratar da formação lexical, distingue três motivos pelos quais se formam palavras. A formação de palavras serve para a mudança de classe gramatical: verbos a partir de substantivos, advérbios a partir de adjetivos, etc.
Ex.: favor – favorecer – favorecimento
A formação de palavras serve também, a mudança de significado:
Ex.: pedra, pedrinha
Mas o principal motivo da FORMAÇÃO DE PALAVRAS é que ela facilita a MEMORIZAÇÃO.
Observe que a formação dessas palavras segue uma sequência rígida, em que a ordem de acréscimo dos sufixos é fixa:
Ex.: norma  -  normal  -  normalizar  -  normalização


OS PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS

Basicamente, há dois processos de formação de palavras: a composição e a derivação. Há outros menos produtivos: a abreviação vocabular e a onomatopeia:
COMPOSIÇÃO: A composição é o processo por meio do qual se formam palavras a partir de duas ou mais palavras. Logo, são compostas palavras como “beija-flor”, “vaivém”, “banana-maçã”, “azul marinho”, “amor-perfeito”, “girassol”, “biografia” etc.
DERIVAÇÃO: A derivação consiste na formação de palavras a partir de um único radical, ao qual se acrescenta um afixo ou uma vogal temática.
Derivação Progressiva: A derivação progressiva pode ocorrer por meio do acréscimo de um prefixo (derivação prefixal), Ex.: desrespeito
de um sufixo (derivação sufixal): Ex.: pianista
 ou de um prefixo e de um sufixo simultaneamente (derivação parassintética). Ex.: anoitecer
Derivação Regressiva: A derivação regressiva ocorre, como no último exemplo, por meio do acréscimo de uma vogal temática ao radical. Ex.: choro
Derivação Imprópria ou Conversão: – sofre apenas mudança da classe gramatical: Ex.: O jantar foi servido ( jantar utilizado como substantivo), quando na verdade é um verbo: jantar.
Abreviação vocabular ou redução: redução dos fonemas de uma palavra formando outra de mesmo significado: Ex.: fotografia = foto, fonologia = fono
Onomatopeia: consiste na formação de palavras por meio da reprodução aproximada de sons que não pertencem à língua falada, como em “tique-taque”.

COMPOSIÇÃO
A composição é o processo de formação de palavras por meio da reunião de dois ou mais radicais, que passam a exprimir conceito novo e único e, não raro, desvinculado do sentido de cada um de seus componentes.
Tomemos, por exemplo, a palavra “amor-perfeito”. Nela, temos a reunião de duas formas livres,
que adquirem um significado novo (o nome da flor).

Há, também, os compostos formados por radicais latinos e gregos, que só ocorrem em palavras compostas, como “psicologia”. Estes, geralmente, pertencem à linguagem científica ou literária. Ex.: amor-perfeito / psic(o) – logia.

Tradicionalmente, diz-se que os elementos da composição na escrita, podem apresentar-se juntos, do mesmo modo que uma palavra simples, como “girassol”, ou ligados por hífen, como “guarda-chuva”.
Grafia dos Compostos: Os compostos podem ser escritos juntos, separados por hífen, ou separados sem hífen. Ex.: girassol / amor-perfeito / pé de cabra
Propriedades dos Compostos:
1ª propriedade: a ordem é fixa.
Estrada de ferro
Ferro de estrada (errado)

2ª propriedade: não se pode inserir um elemento entre os componentes da palavra.
Podemos dizer “estrada de ferro antiga”, mas não “estrada antiga de ferro” ou “estrada de antigo ferro”.
3ª propriedade: os elementos não podem ser substituídos.
Da mesma forma, não podemos substituir “estrada de ferro” por de “estrada de aço”, por exemplo, pois o significado se altera completamente.

4ª propriedade: não se pode suprimir nenhum elemento.
Em “viajei pela estrada de ferro” não se pode suprimir qualquer elemento, como em “viajei pela estrada” ou “viajei pelo ferro”.

COMO SE FORMAM OS COMPOSTOS
Os compostos são formados por um processo sintático e não morfológico. Que isso quer dizer? Isso significa que uma palavra composta é formada a partir de uma frase ou de parte dela.
Por exemplo, palavras como “saca-rolhas”, “beija-flor” e “ganhapão” formaram-se a partir de expressões como “objeto que saca rolhas”, “ave que beija flor” e “ofício com que se ganha o pão”.
Outro tipo de composição são os chamados “cruzamentos vocabulares”, também designados como blend, mistura, fusão vocabular, palavra entrecruzada, amálgama, mesclagens lexicais etc. Esse tipo de composição visa a alcançar um efeito cômico por meio da reunião de palavras, como em “chocólatra”, (de “chocolate” + “alcoólatra”).
Em alguns desses compostos, os elementos se ligam devido a semelhanças de sonoridade, como “chafé”, “trêbado”, “apertamento”, “burrocracia”, “lixeratura”, “paitrocínio”, “showmício”, podendo indicar, também, posição intermediária, como “portunhol”, “brasiguaio”, “namorido”, “batatalhau”. Em outros, substitui-se um fragmento por outro que possui semelhança de significado (real ou suposta), como em “bebemorar” e “carreata”.

A aglutinação, é a perda de fonemas que ocorre em certos compostos, como “aguardente”, de “água” + “ardente”. Nos compostos em que não ocorre perda de fonemas, diz-se, por oposição à aglutinação, que se trata de justaposição.

POR QUE SE FORMAM OS COMPOSTOS
 Uma resposta bem simples a essa pergunta é: formam-se compostos para designar alguma coisa quando não existe uma palavra simples para nomeá-la; mas essa resposta é, para dizer o mínimo, insuficiente. Pode-se afirmar que o “pé de cabra” é assim designado porque tem a extremidade dividida – como a pata do animal –, e não existe outro substantivo para nomear essa ferramenta. Da mesma forma, “batata da perna” daria nome a um músculo situado na perna e semelhante a uma batata.
Evidentemente, além desse motivo, podemos dizer que se formam compostos pela mesma razão que se formam palavras por outros processos, ou seja, os compostos facilitam a memorização. Por exemplo, algumas espécies animais dividem-se em centenas, milhares, milhões e até bilhões de subespécies, que, em geral, são designadas a partir do nome genérico, como “lobo-guará”, “urso-polar” etc., ou por semelhança a outra espécie mais conhecida, como “elefante-marinho”. Outras são designadas por associação de sua forma de comportamento ou aparência a algum objeto ou outro animal, como “estrela-do-mar”, “louva-a-deus”, “beija-flor”, “bicho-preguiça” etc. Em alguns casos, combina-se, ainda, o nome genérico e uma das associações citadas, como “tubarão-martelo”, “tubarão-baleia” etc.
Tipos de compostos:
Os compostos podem ser formados por:
a) dois substantivos: bicho-preguiça, decreto-lei;
b) substantivo + adjetivo: baleia-azul;
c) substantivo + preposição + substantivo: castanha-de-caju;
d) dois adjetivos: luso-brasileiro, azul-marinho;
e) adjetivo + substantivo: verde-bandeira;
f) verbo + substantivo: beija-flor;
g) verbo + preposição + substantivo: louva-a-deus;
h) verbo + verbo: perde-ganha;
i) verbo + conjunção + verbo: leva e traz;
j) verbo + advérbio: pisa-mansinho;
k) advérbio + adjetivo: sempre-viva;
l) numeral + substantivo: segunda-feira;
m) pronome + substantivo: Vossa Excelência;
n) dois pronomes: aqueloutro;
o) frase substantivada: estou-fraca (mesmo que galinha d’angola), deus nos acuda etc.

FLEXÃO DE PLURAL DOS COMPOSTOS
Podemos ter como base o plural de grupos sintáticos, para compreendermos a flexão de plural dos compostos. Nos compostos formados por dois substantivos, como “bicho-preguiça”, o segundo elemento é determinante do primeiro, funcionando como um adjetivo.
Ex.: bichos-preguiça / Saias – rosa / “jaquetas verde-bandeira”

Em alguns casos, a relação entre os substantivos pode ser de coordenação, isto é, eles têm valor equivalente. Tomemos, por exemplo, a frase: “decretos-leis”.

Quando o composto é formado por substantivo + adjetivo, a relação entre eles é simples: o adjetivo concorda com o substantivo: Camisas brancas. Isso explica por que o plural de “baleia-azul” é “baleias-azuis”. A concordância nominal também explica os plurais “segundas-feiras” e “Vossas Excelências”.

Nos compostos formados por substantivos ligados por preposição, somente o primeiro elemento flexiona-se: Camisas de seda. Isso explica por que o plural de “castanha-de-caju” é “castanhas-de-caju”.

Verbos não admitem desinências nominais, como o -s de plural. Também não há concordância entre o verbo e o substantivo em função de complemento. Veja: esse passarinho beija a flor – esse passarinho beija as flores. Isso explica por que o plural de “beija-flor” é “beija-flores”.

Observações:
1. Compostos que se escrevem juntos flexionam-se como palavras simples, como “vaivém” (plural: “vaivéns”).

2. Em compostos de adjetivo + adjetivo, como “luso-brasileiro”, flexiona-se o último elemento: “luso-brasileiros”.
3. Em “jaquetas azul-marinho”, o adjetivo composto não varia, pois “marinho” refere-se a “azul” e não a “jaqueta”. O mesmo vale para “azul-celeste”.
4. Em “meninos surdos-mudos”, os dois elementos flexionam-se, pois a relação entre eles é de coordenação (surdos e mudos), como em “decretos-leis”.
5. Advérbios são palavras invariáveis, o que justifica os plurais “pisa-mansinho”, “sempre-vivas”.
6. Os substantivos formados por verbo repetido, como “corre-corre” admitem duas formas de plural: “corre-corres” e “corres-corres”.
7. As frases substantivadas são invariáveis: (a) “estou-fraca” – (as) “estou-fraca”, (o) “deus nos acuda” – (os) “deus nos acuda”.


GLOSSÁRIO:

Abreviação: processo de formação de palavra por meio da redução de fonemas.
Adjetivo: palavra que se liga a um substantivo para expressar uma característica: “dia quente”.
Advérbio: palavra que modifica um verbo (acordar cedo), um adjetivo (bastante claro) ou outro advérbio (muito perto).
Categoria lexical: expressão utilizada na teoria gerativa transformacional para designar classes de palavras.
Categorias gramaticais: classes de noções gerais expressas obrigatoriamente na estrutura da língua, sobretudo por meio de flexões.
Competência lexical: conhecimento internalizado do falante nativo sobre o léxico de sua língua, abrangendo itens lexicais, relações lexicais e processos de formação.
Conjunção: palavra invariável que estabelece ligação entre orações ou termos da mesma oração.
Composição: processo de formação de palavras a partir de dois ou mais radicais.
Consoante de ligação: consoante que liga dois morfemas, como o -r- de “linguarudo”.
Conversão: processo de formação de palavra a partir de palavra de outra classe gramatical.
Desinência nominal: morfemas que indicam a flexão de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural) dos nomes
Desinência modo-temporal: ver desinência verbal. Desinência nominal: morfemas que indicam a flexão de gênero (masculino e feminino) e de número (singular e plural) dos nomes.
Desinência número-pessoal: ver desinência verbal. Desinência verbal: morfemas que indicam flexão de tempo e modo (modo-temporais) e número e pessoa (número-pessoais) dos verbos.
Derivação: processo de formação de palavras a partir de um único radical / Derivação: formação de palavra pela adição de um afixo a uma base.
Derivada: palavra formada por derivação.
Derivante: palavra que funciona como base de uma derivação.
Derivação imprópria: ver conversão.
Derivação parassintética: formação de palavra por meio de acréscimo simultâneo de um prefixo e de um sufixo a um radical.
Derivação prefixal: formação de palavra por meio de acréscimo de um prefixo a um radical.
Derivação progressiva: formação de palavra por meio de acréscimo de um afixo (prefixo ou sufixo) a um radical.
Derivação sufixal: formação de palavra por meio de acréscimo de um sufixo a um radical.
Empréstimo: palavra que é integrada ao léxico de uma língua, sendo originária de língua diversa.
Flexão: propriedade das palavras de variar em gênero, número (nomes), tempo, modo, pessoa e número (verbos) / Flexão: variação sistemática na forma das palavras para a expressão de categorias gramaticais.
Forma livre: forma que pode constituir um enunciado sozinha. Haplologia: supressão de uma sílaba semelhante a outra que ocorre em sequência.
Invariável: ver palavra invariável.
Lexia: unidade lexical memorizada. Pode ser simples, como “pé”, composta, como “pé de cabra”, complexa estável, como “cidade universitária” e textual, como “quem tudo quer tudo perde”.
Léxico: conjunto das palavras existentes em uma língua.
Numeral: palavra que indica quantidade, posição numa ordem, multiplicidade ou fração.
Palavra invariável: palavra que possui flexão. Palavra variável: palavra que não possui flexão.
Prefixo: morfema que antecede o radical, como des- em “desleal”.
Preposição: palavra invariável que liga termos da mesma oração. Pronome: palavra que representa um nome.
Sufixo: morfema que se pospõe ao radical, como -eza em “clareza”.
Radical: morfema que contém o significado básico de uma palavra, como “leal” em “desleal”.
Substantivo: palavra que nomeia seres, ações, características, sentimentos etc.
Redução: ver abreviação.
Verbo: palavra variável em tempo, modo, número e pessoa. Semanticamente, expressa um fato (ação, estado).
Desinência de gênero: ver desinência nominal. Desinência de número: ver desinência nominal.
Morfema zero (ø): ausência de morfema que se contrapõe a outro morfema, como a ausência de -s no singular em “aluno”, que se opõe ao -s em “alunos”.
Palavra: conceito de difícil definição. Na língua escrita, sequencia de caracteres entre espaços e/ou sinais de pontuação.
Palavra invariável: palavra que possui flexão. Palavra variável: palavra que não possui flexão.
Paradigma: modelo; esquema de variações formais de subclasses de palavras.
Primitiva: palavra não gerada por processos lexicais de formação.
Produtividade: potencialidade de um elemento ou processo de formação na produção e/ou no reconhecimento de formas.
Radical: morfema que contém o significado básico de uma palavra, como “leal” em “desleal”.
Substantivo: palavra que nomeia seres, ações, características, sentimentos etc.
Substantivo: palavra que nomeia seres, ações, características, sentimentos etc.
Sufixo: morfema que se pospõe ao radical, como -eza em “clareza”.
Tema: radical acrescido de vogal temática; o termo é usado, sobretudo em referência a flexões.
Vogal temática: vogal a que se junta a um radical, constituindo o tema, a que se juntam as desinências.
 Vogal de ligação: vogal que liga dois morfemas, como o -o- de “gasômetro”.

Edna Molina
Maio/2016


Bibliografia:
Resumo e compilações das Apostilas do Curso de Letras da Universidade Cidade de São Paulo,
VOLP- Vocabulário Ortográfico de Língua Portuguesa, da Academia Brasileira de Letras na internet no link: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua. exe/sys/start.htm?sid=23


√ KEHDI, Valter. Formação de Palavras em Português. 5. ed. São Paulo: Ática, 2003.
√ ________. Morfemas do Português. 6. ed. São Paulo: Ática, 2004. Obras disponíveis on-line
√ BASÍLIO, Margarida. Teoria Lexical. São Paulo: Ática, 1987. Disponível em http://www. ebah.com.br/content/ABAAAA2eYAL/teoria-lexical. Acesso em 31 out. 2013.
√ KEHDI, Valter. Joaquim Mattoso Câmara Jr. Contribuições aos estudos da língua portuguesa. Disponível em http://www.filologia.org.br/revista/38sup/08. html. Acesso em 31 out. 2013.
 √ ________. O problema do infixo em português. Disponível em http://pt.scribd.com/ doc/45876941/O-problema-do-infixo-em-portugues-Valter-Kehdi. Acesso em 22 out. 2013.