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sexta-feira

Fonética e Fonologia - Aplicações



Aplicações da Fonética e Fonologia

Os estudos da Fonética e da Fonologia auxiliam no ensino de língua portuguesa, através dos fonemas, das estruturas das sílabas e de como os encontros consonantais e vocálicos são percebidos, além dos regionalismos, característica marcante em nosso país. Na Língua Portuguesa, temos diferenciações importantes de palavras que tem o mesmo som, porém utilizando consoantes diferentes, ou sons diferentes, com vogais iguais. Temos as duas situações nas palavras “posso” e “poço”.

Além do ensino dos idiomas, a Fonética e Fonologia tem aplicações em outras áreas de estudo ou atividades humanas, tais como na Fonoaudiologia. O fonoaudiólogo trabalha no desenvolvimento, alterações e reabilitação da comunicação oral e escrita, voz, fala e audição.

Fonética Forense é uma aplicação, pois através dela é possível identificar um indivíduo quanto ao porte físico, idade, sexo e, inclusive o seu estado emocional.

Na Tecnologia da Fala, graças a “softwares” criados com a finalidade do reconhecimento da fala, desde que os desenvolvedores conheçam a fonética e a fonologia envolvidas nestas tecnologias.

A Fonética se utiliza do fonema, que é a menor unidade sonora da fala. A utilidade de um fonema é estabelecer as diferenças verbais, dando ao som a ideia (significado) e a imagem acústica (significante), da letra escrita.

Uma só letra pode conter dois fonemas, como é o caso da palavra “nexo” (x=ks), ou duas letras podem ter um só fonema, tal como a palavra “cachorro” (ch=x). Lembrando: o idioma Esperanto é internacional e totalmente fonético.



Edna Molina
nov/2015

Bibliografia:
http://www.fonologia.org/fonologia.php

Gestão Ambiental e Responsabilidade Social - Tratamento de Resíduos Químicos Perigosos



Atividade proposta: métodos mais empregados para disposição e tratamento dos resíduos químicos perigosos, dentre os quais se incluem: os aterros de armazenamento, as lagoas superficiais, o armazenamento em formações geológicas subterrâneas e as injeções em poços.

Resíduos Químicos Perigosos

Uma vez que nem massa, nem energia, podem ser criadas, apenas transformadas, quando o ser humano modifica os elementos do espaço em que habita, cria resíduos. Estes resíduos, quando não reutilizados, precisam ser acondicionados de forma a não prejudicar a população humana, animal e os ecossistemas. Neste momento nosso planeta vive um desequilíbrio, devido ao aumento populacional, entre outros, a demanda de resíduos produzidos, é maior do que a capacidade da natureza de reabsorção dos mesmos.

Logo, a necessidade de acondicionamento adequado se torna de vital importância, o que nos leva ao tema proposto: os Resíduos Químicos Perigosos, ou Resíduos Classe I.

Os aterros de armazenamento, lagoas superficiais, o armazenamento em formações geológicas subterrâneas e as injeções em poços, são potencialmente perigosos para os lençóis freáticos, tornando a adoção destes métodos inviáveis, dependendo da classificação do resíduo. Os tambores podem sofrer um processo de deterioração, facilitando que estes resíduos sejam liberados para o meio ambiente, portanto também não são recomendados.

Tratamento de Resíduos Classe I: devem ser acondicionados de acordo com as devidas regras, estipuladas por Lei¹. Objetiva transformar estes Resíduos Perigosos em material reutilizável, reciclado, ou menos perigoso. Estes tratamentos podem ser físico-químico, biológico, ou químico.

Tratamento Físico-químico: provoca a separação da solução aquosa, tornando o resíduo sólido eventualmente reutilizável, como por exemplo a recuperação de solventes.

Tratamento biológico: são utilizados iodo ativado e filtros biológicos. Consegue alcançar taxas de remoção de 60% de periculosidade, cada metodologia é adaptada para uma situação em particular, existem controvérsias a respeito, mas e engenharia genética tem contribuído para que este tipo de tratamento seja utilizado.

Tratamento químico: utiliza a remoção de metais pesados, neutralização de ácidos entre outros e inclusive a incineração em alguns casos.



Edna Molina
out/2015


Bibliografia:
"BRAGA, B. et al. Introdução à Engenharia Ambiental: O desafio do desenvolvimento Sustentável. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2005"



Inglês I - Análise do Texto


Procurei reconhecer o Gênero Textual, segundo as orientações, traduzindo o título e fazendo uma leitura extensiva. Uma vez entendendo que era a história da Chapeuzinho Vermelho, utilizei novamente a habilidade leitura (reading) extensiva, para reconhecimento do vocabulário.

Reconhecendo algumas palavras, e muitas outras não, resolvi ler em voz alta e utilizando a habilidade da fala (speaking), percebi pela sonoridade das palavras que era um discurso estruturado em forma de rima.

Através do conceito da metacognição, observei minha dificuldade com o significado de algumas palavras, e também com a pronúncia delas. Então, resolvi traduzir o texto, utilizando a habilidade da leitura intensiva mais o tradutor virtual, para tanto. Neste momento observei que algumas traduções não faziam sentido e “corrigi”, algumas frases em português. Por último, uma leitura ativa, utilizando as habilidades reading and speaking.

Edna Molina
Out/2015

quinta-feira

Apenas um Olhar


Cheguei à conclusão inequívoca de que os meus olhos são infantis, ingênuos e despudorados.

O meu olhar é atraído para tudo que é colorido. Cor e alegria são um constante quando estou distraída e minha Alma fala.

Hoje, resolvi falar do meu olhar, por que ele é atraído para a expressão dos olhos das crianças, gatos, passarinhos, e procura encontrar neles a transmissão do que sentem naquele momento. Então meu olhar chora quando vê sofrimento, mas na maioria das vezes, tem o prazer de se alegrar junto com eles.

Meu olhar, ele vê um pouco através das cores do hibisco que insiste em brotar na minha janela, apesar de tantos maus tratos. Insiste em procurar neste pé de hibisco, o que o faz mover-se em direção ao sol, abrir suas pétalas, mesmo que praticamente todo mundo passe todo dia por ele, sem vê-lo. Olham, mas não o veem.

Pela manhã, o meu olhar fica ansioso, me esperando abrir a janela, para cumprimentar o dia, as montanhas e seus milhões de folhas, o sol que, olhem (e vejam) só: nasceu outra vez!

Meu olhar criterioso percorre minuciosamente cada folha que balança ao vento, das poucas árvores (que pena), ao lado do estacionamento, para verificar se os Senhores dos Ventos estão presentes, em que intensidade e direção. Se for uma brisa, cumprimenta, se são ventos fortes, respeita.

Ao por do sol, quando pode contemplar, meu olhar se rejubila e fica descansando a vista no horizonte... Que maravilha, que céu, que cores!

Eu agradeço ao Universo, ter me dado um olhar que não é perverso, que prefere ver o lado bom, deixando para os ouvidos e outros sentidos, as agruras do mundo, por que infelizmente, os ouvidos e muitos outros sentidos, não podem evitar como meu olhar. Não podem escolher o que olhar ou simplesmente se fechar.

Claro que existem os que preferem olhar e "ver" apenas as ruínas da vida humana... Mas felizmente, o sol, jamais poderá ser ofuscado. Posso ver seu brilho intenso e agradeço.

Por isso, meu olhar, eu te peço, continue abençoado, como o sol e a vida exuberante que você consegue despudoradamente, me mostrar!

Autora: Edna Molina




terça-feira

Conhecimento x Sabedoria



"O caminho da Sabedoria é não ter medo de errar."(1)
"Aprender uma coisa significa entrar em contato com um mundo do qual não se tem a menor ideia. É preciso ser humilde para aprender."(2)

Fico impressionada ao me deparar com a quantidade de pessoas “comendo livros com farinha” e também com a quantidade de informações capazes de assimilar. O ser humano é fantástico! Principalmente nas reuniões sociais, adoram citar frases nitidamente inteligentes e às vezes até profundas... Porém, são frases de outras pessoas, não são criadas por elas ...São somente palavras, não foram vivenciadas nem sentidas em seu caminhar. Estas pessoas recebem informação, têm algum conhecimento, mas...não conseguiram se tornar sábias.

É gratificante ir verificando no decorrer do ano, crianças em diferentes faixas etárias e a rapidez com que os pequenos se transformam a cada novo aprendizado. Mudam atitudes, forma de falar, se vestir, comportamentos e essa mudança é facilmente constatada. É uma Lei Natural no ser humano, aprender e mudar. Em se tratando das crianças, nenhuma novidade, quem tem filhos sabe disso. Eles olham a vida de peito aberto e com entusiasmo! São pequeninas “esponjas” que absorvem tudo que ensinamos.

As resistências começam quando essa criança vai recebendo todos os tipos de condicionamentos, através de informações indiscriminadas, onde se fazem presentes as repressões “adestramentos”, dos pais, da sociedade, da escola, da religião, da mídia. Formam-se então os ranços e crenças, tanto mentirosas, como improdutivas, tais como: “sou pobre, mais sou limpinho, os ricos não são felizes (ou são safados, mentirosos, etc), sexo é feio, pau que nasce torto, morre torto, quem não se sacrifica não vence na vida". Uma infinidade delas. Este assunto é extenso e pode gerar outro post, mas neste momento do desenvolvimento humano, se instalam os três grandes "empecilhos" do sucesso na vida humana: a culpa, o medo e a raiva!

Já no ensino dos adultos, a coisa muda muito de figura, conforme averiguei nesta experiência, uma grande parcela destes alunos, resistia aos novos paradigmas agarrando-se com unhas e dentes às velhas crenças com as quais foram condicionados, como se mudar fosse perigoso. Entendo essa atitude, por que desde pequenos, foi incutida em nosso inconsciente a ideia de que as coisas devem ser sempre iguais para trazer segurança.

Esses alunos aprenderam a desenhar os símbolos gráficos, porém, não passaram o que foi aprendido pelo “Fogo da Fornalha”. Até assimilaram o que foi ensinado, aprenderam e ler e escrever, entenderam a informação, adquiriram o conhecimento... Mas resistiram vigorosamente a utilizar a luz destes novos conhecimentos para iluminar suas velhas crenças arraigadas, por anos de valores falidos, que nunca foram comprovados. Seria comodismo? Ou Puro medo do “castigo dos céus”? (O famigerado "ranço cristão").

Me resta perguntar a você, que está lendo estas palavras se é capaz de virar para seu espelho e perguntar para aquela pessoa que está te olhando, até onde você é resultado de informações não analisadas criteriosamente? Até onde suas velhas crenças estão introjetadas no seu inconsciente?  Até onde você é influenciado por elas nas suas escolhas? Não acha que seria importante saber quem é, de verdade, que comanda seus passos? Seria a mídia, a igreja, instituições falidas, conceitos morais arraigados... Ou seria você mesmo? Até onde você tem certeza disso? Quando descobrir, estará finalmente indo ao encontro da Sabedoria.

No livro "O amor que acende a lua", vejam o que diz Rubem Alves a este respeito:

Transformação pelo Fogo.

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e uma dureza assombrosa. Só que elas não percebem e acham que seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo.

O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos: a dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, o pai, a mãe, perder o emprego ou ficar pobre. Pode ser fogo de dentro: pânico, medo, ansiedade, depressão ou sofrimento, cujas causas ignoramos.

Há sempre o recurso do remédio: apagar o fogo! Sem fogo, o sofrimento diminui. Com isso, a possibilidade da grande transformação também.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro cada vez mais quente, pensa que sua hora chegou: vai morrer. Dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar um destino diferente para si. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada para ela. A pipoca não imagina aquilo do que ela é capaz.

Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: BUM! E ela aparece como uma outra coisa completamente diferente, algo que ela mesma nunca havia sonhado.

 

Bom, mas ainda temos o piruá, que é o milho de pipoca que se recusa a estourar. São como aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. A presunção e o medo são a dura casca do milho que não estoura.
No entanto, o destino delas é triste, já que ficarão duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca, macia e nutritiva. Não vão dar alegria para ninguém. 



Autora: Edna Molina

*1 e 2 - Palavras Essenciais, Paulo Coelho.